(quadrúpedes na visão periferica, vozes imperativas emanando do exterior, mente pútrida em decomposição; esses pedaços de carne morta que pendem da minha memória e caem no chão, ano após ano, fertilizam minhas terras mentais áridas, fazendo brotar lindos carvalhos e obaobás pequeninos. nada de flores. talvez uns espinhos... é; quem sabe, uns espinhos!)
Se o seu melhor argumento é "eu que te alimento"
engole teu dinheiro
temperado com essa amargura e pequenez
de ser que se extingue
de estrela que vira pedra
fria, tão fria
oca, vazia
perdida na escuridão do universo
circundada por poeira negra
respeito é uma coisa que só ganha quem faz por merecer
um 'agora', um grito de raiva, uma ameaça
o que são essas coisas, senão as quedas dos pedaços de ponte?
e depois, quando só sobrarem os pedaços de corda despida
você vai conseguir ser equilibrista e atravessar bamboleando?
o risco de queda é tão maior...
e essa ponte é feita da nossa própria carne
porque diabos você está nos mutilando dessa forma,
arrancando os nervos e veias que seguram o couro no qual pisamos pra adentrar uma no mundo da outra?
eu só quero ver quando, depois da queda, a corda prender no nosso pescoço
e nos sufocar pela sua vontade de coisa morta, tão precisa...
grita, esfrega, faz drama, se esconde atrás da sua máscara de doente mental, auto-piedosa, fazendo as coisas pra reclamar depois de como foi penoso fazê-las.
sem um pingo de satisfação dentro de ti, porque tudo é dor
e parece que criar, realizar, não te são mais importantes ou nobres.
tua filha é trabalhosa
tua vida é dolorosa
teu trabalho é amargo
mas é mesmo?
ou é só você que se satisfaz descontando em mim sua raiva e tendo justificativa plausivel pra isso? "estou cansada" "estou sofrendo" "estou preocupada"
como se eu nao sentisse todas essas coisas, também
e as sentisse de corpo preso...
pois pega, então, esa cruz aí no chão, que tanto te faz bem te fazendo mal!
vive dentro desses ideais cristãos reformados
dessa freneticidade, desse culto maldito
que te dá como única recompensa e punição o fato de te livrar das tuas culpas
te impedindo de crescer
te deixando estagnada no tempo e no espaço
te envelhecendo três anos por ano
pintando de branco esses fios de cabelo aí
seja uma mártir, é satisfação de vida garantida!
engole teu dinheiro
temperado com essa amargura e pequenez
de ser que se extingue
de estrela que vira pedra
fria, tão fria
oca, vazia
perdida na escuridão do universo
circundada por poeira negra
respeito é uma coisa que só ganha quem faz por merecer
um 'agora', um grito de raiva, uma ameaça
o que são essas coisas, senão as quedas dos pedaços de ponte?
e depois, quando só sobrarem os pedaços de corda despida
você vai conseguir ser equilibrista e atravessar bamboleando?
o risco de queda é tão maior...
e essa ponte é feita da nossa própria carne
porque diabos você está nos mutilando dessa forma,
arrancando os nervos e veias que seguram o couro no qual pisamos pra adentrar uma no mundo da outra?
eu só quero ver quando, depois da queda, a corda prender no nosso pescoço
e nos sufocar pela sua vontade de coisa morta, tão precisa...
grita, esfrega, faz drama, se esconde atrás da sua máscara de doente mental, auto-piedosa, fazendo as coisas pra reclamar depois de como foi penoso fazê-las.
sem um pingo de satisfação dentro de ti, porque tudo é dor
e parece que criar, realizar, não te são mais importantes ou nobres.
tua filha é trabalhosa
tua vida é dolorosa
teu trabalho é amargo
mas é mesmo?
ou é só você que se satisfaz descontando em mim sua raiva e tendo justificativa plausivel pra isso? "estou cansada" "estou sofrendo" "estou preocupada"
como se eu nao sentisse todas essas coisas, também
e as sentisse de corpo preso...
pois pega, então, esa cruz aí no chão, que tanto te faz bem te fazendo mal!
vive dentro desses ideais cristãos reformados
dessa freneticidade, desse culto maldito
que te dá como única recompensa e punição o fato de te livrar das tuas culpas
te impedindo de crescer
te deixando estagnada no tempo e no espaço
te envelhecendo três anos por ano
pintando de branco esses fios de cabelo aí
seja uma mártir, é satisfação de vida garantida!