eu tenho medo da vida.
eu tenho medo de como as coisas nos são dadas
e, no momento seguinte, retiradas
nos deixando com uma sensação desesperadora de insegurança
eu tenho medo de como as horas são flexíveis
e de como o equilíbrio é frágil.
a qualquer momento tudo pode desmoronar.. e desmorona.
só nos resta a incerteza
a qualquer momento a visão do futuro assola sua mente
e você tem certeza de que aqueles são seus últimos minutos de paz
que, sem você nem perceber, foram destruídos
pela ansiedade aterrorizante que precede certos fatos
só depois de irreversível, percebi o que perdi em minha vida
parece que eu abri a mão espalmada ao vento
e permiti que meu único grão de felicidade saísse voando, sem sequer tentar retê-lo
porque, afinal, sei que a prisão não é uma felicidade honesta..
mas se componho os cânticos e eles ressoam em salões que não são os meus
nada posso fazer a não ser ser grata por ter sido a geradora de tamanha harmonia
e sair em busca de novos músicos para formar minha orquestra
se minhas lágrimas são derramadas em prol da ausência das do próximo, eu porefiro que assim seja. Afinal, é mais doloroso ainda ver as pessoas, que são suas tanto o quanto você é delas, em estado de tristeza.
eu queria poder fazer alguma coisa, mas sinto que minhas ações me levam ao inevitável, já que a definição dos acontecimentos reside em algum lugar do passado.
Porque eu tenho que sentir tudo de antemão?
Eu acho que eu não vou deixar isso acontecer. Eu acho que ainda dá tempo de consertar o que eu fiz.
E mesmo que não dê, a capacidade do ser humano de superar as coisas é uma habilidade fantástica
No final, vai acabar dando certo.
O medo não leva a nada.. e isso sou eu tentando me convencer de que não vai ser tão ruim o quanto eu penso...
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