sábado, dezembro 09, 2006

o céu é policromático.

as cores vêm em degradês, ondulantes e intensas. sempre sentimentais.

mas o céu é uma ocisa muito chata, muito clichê. Claro que não deixa de ser bonito.
mas...





beleza você encontra ao olhar pro seu lado. em cima de uma mesa de vidro escuro, uma garrafa térmica branca com lágrimas de café, já secas, uma bandeja transparente sustentando duas xícaras coloridas e duas brancas, um cinzeiro de cristal, finamente recortado de forma que brilhe e uma bolinha de malabares, meio suja, mas muito colorida. quatro cadeiras displicentemente assentadas.
dignos de registro.


vou sair dessa vida de palavras e vou para as imagens.
boa sorte aí, se é que você existe.
lava e zero absoluto

breu e brancura

me sinto na fissura

e nao sei como escuto



as ideias nao correspondem aos fatos
tudo é confuso
pode até ser que faça sentido
mas é difícil



e apesar disso

a oscilação é cada vez menor
venho me tornando uma onda com uma frequencia menor :)
amplitude de caos diminui...
:)




espero que continue assim.

e espero, também, que os acessos de fúria terminem

quinta-feira, novembro 30, 2006

sinto necessidade extrema de evacuar

evacuar meu cérebro!
expulsar todos os pensamentos que nele moram.
apertar o botão de alarme e assustá-los todos!

no final das contas, eu não sei mais o que me faz bem
eu era feliz do jeito que eu era.
contudo, a sabedoria popular me fez mudar os rumos, e agora, preciso me encontrar de novo, e em novos ambientes (internos)

a batalha comecou, e estou muito preocupada.







e me sinto ttriste e vazia, e me surpreendo pensando em coisas absurdamente banais.
coisas absurdamente frívolas, fúteis, indignantes.

tentativas frustradas de me preencher..
tão triste, tão verdade...











































BU!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sinal Fechado

– Ola! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar um lugar no
futuro... E
você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono
tranqüilo...
Quem sabe?...
– Quanto tempo!...
– Pois é, quanto tempo!...

– Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
– Oh, não tem de quer! Eu também só ando a cem!...
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por
aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos... Quem
sabe...
– ...Quanto tempo!
– Pois é... Quanto tempo!...

– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na
poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à
lembrança!
– Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal!...
– Eu procuro você...
– Vai abrir!...
– Prometo, não esqueço...
– Por favor, não esqueça. Por favor!...
– Adeus!
– Não esqueço...
– Adeus!
– Adeus!






não é de minha autoria, mas...







adeus é a mais triste das palavras,
e a pressa torna tudo mais cruel.

a melodia, sempre tensa, caminha por entre meus poros
me faz derramar lágrimas de alma.
essa poesia, modesta, nada sensacionalista, mal chega a ser um detalhe na história da arte brasileira, me toca de forma tão profunda, tão .. sincera, que, surpresa, me desespero.
mas não faz a menor diferença, não é mesmo?



sem mais delongas, adeus...

quarta-feira, novembro 15, 2006

minha vida não tem título.

eu só estou aqui, sentada numa cadeira, esvaziando em palavras a angústia que insiste em me dominar.

meus passos não deixam rastros.

vou caminhando e fazendo um barulho tão alto que se torna impossível de se escutar, e meus passos são tão incertos que não formam uma trilha. eles simplesmente deixam marcas absurdas e ininteligíveis.

em mim mora alguma coisa. alguma coisa que faz parte de mim, e que eu não sei se deveria ter o direito de existir.


e meu coração? meu coração, que gasta todo o seu combustível em segundos, me deixando seca como uma pedra? sentimentos intensos, absurdos, e fatalmente perecíveis.


sim, sou lixo orgânico. facilmente biodegradada.

exageradamente biodegradável!

degrado vidas.
principalmente a minha.


e ainda assim meus olhos astutos prestam uma atenção curiosa, clínica, às merdas que ocorrem à minha volta.

desculpe, vida, por não confiar muito nas palavras das pessoas. elas costumam camurflar, justificar atos que predizem a verdade a respeito delas. eu, tão boa em julgar a vida dos outros, tão boa em dar conselhos, me vejo presa no meio de diversos caminhos que devo julgar e escolher, mas não posso. não posso abrir mão de certas coisas! mas tenho que fazer minha escolha rápido,antes que a vida a faça por mim.
pelo menos vou manter um certo nível de controle sobre tudo, e não deixar a culpa flutuando por entre os fatos que influenciam minha vida.





queria ter coragem de morrer...
quando eu falo "se cuide" é pra mim que estou falando. porque, da mesma forma que eu não penso em morrer, não penso em viver.
resultado: acabo preenchida com estofa.
porque estofa? porque a unica utilidade dela é preencher.. e o resto do raciocínio, deixo a seu cargo. essas frases nem precisavam ser ditas; foi só precaução.

falou..

quarta-feira, novembro 01, 2006

sabe de uma coisa?

hoje eu fiz uma extravagância
e tô com um frio na barriga
:D

acho que vai ser divertido
x)

domingo, outubro 29, 2006

sinceramente, eu nem sei como devo estar me sentindo.

não.. não vou falar nada.
esse lugar é muito público.

segunda-feira, outubro 23, 2006

eu queria deixar bem claro

que eu não gosto de viver.




eu deveria?




não!
porque eu resolvo desabafar, dizendo q a vida é um lixo, e vc me chama de emo.
se eu estou feliz, sou retardada
se eu te faço rir, sou mongol


será que a galera não cansa de rótulos não?


VÃO SE FUDER, BROTHER!

terça-feira, outubro 10, 2006

A arte. Espero não estar sendo presunçosa.

A arte é qualquer coisa ao acaso. Ela está aonde conseguimos encontrá-la.
Dominar uma arte não é nada. Admiração vem de qualquer lugar.
Somos todos iguais
Ou não.
A perfeição reside no infinito, em algum ponto no desconhecido, livre de qualquer promessa, pois ela é só um referencial. Um referencial adotado além do possível, do imaginável. Ela se faz presente em tudo, porém, pois qualquer coisa é um pedaço.
Sou várias, na verdade. Eu represento, também, somente um referencial de ser humano, vago, massa de obra para que alguém me construa em seu cérebro.

:)

quarta-feira, outubro 04, 2006

como eu passo meu tempo :)

Laly do mal says:
acabei de ler
tu tma acido
escondido
e nao me fala
mas as drogas
fazem só a gente ver a realidade de outra forma
mais pura e assustadora
pq vc compreende que não entende nad
ou que td o que vc vive é uma questão de interpretação e de pre-programação
o que vc é, o que vc come, como vc se mexe, como vc fala
costumes..
e não temoque entender
e não tem o que mudar
porque no final das contas
não faz a minima diferença
porque o tempo vai continuar passadndo
e vc, por mais que pense que tem escolha, não tem
vc é simplesmente arrastado como o plâncton no mar
ou até menos que isso..
vc pode ser o plâncton do universo
e vc eh tao fragil
e n vale a pena não ser fragil..
;P
porra mah
subjetivismo e filosofia
levam qualquer um à loucura!
parece q vc entra numa funcão que se repete eternamente
e as respostas so geram masi perguntas
e vc trava
;P
¿ says:
Quando se desvia do fluxo que devemos seguir. nao tem mais volta, sua mente já voou pra muito mais longe do corpo e é como se voce vivesse duas vezes ao mesmo tempo em milhares de universos diferentes
Laly do mal says:
shitta
¿ says:
eh
nada faz a minima diferença
e por enquanto vou vomitando palavras
enquanto eu nao vomito o ultimo pedacinho de carne que nunca me pertenceu
hoje leram as coisas do meu caderninho estranho e ficaram com medo de mim dizendo que eu uso coisas tambem
aiehuiaheih
sei lah.. mais eu sinto soh desespero e tenho vontade de ri alto
é bizarro isso



o tipo de pessoas insanas que eu conheco
os questionamentos absolutamente inuteis que eu me faço e que só me deixam depressiva
a merda da função infinito elevado a infinito, que na realidade é igual a nada
e nós todos somos arrastados pelo tempo e não temos escolha
nem nós nem aqueles que supostamente nos controlam

E eu realmente comeco a acreditar que nada daqui pode nos controlar. Nem os prepotentes políticos e donos de multinacionais, nem nós mesmos.. Porque ainda podemos pensar nessas coisas inuteis e não nos importar em absoluto com nada que venha a nos acontecer. Afinal, somos todos vítimas.. Vítimas da existência!

sábado, setembro 30, 2006

o despertar da besta

you're making me fell anger, in an awful rage. i'd like to kill anything right now.. if things were alive.
funny, this thing that makes me always make fun of everything.
my dark humour .. but who cares about that?
in fact.. who cares about ANYONE? NOBORY
everyone only wants to be seen, admired and fucking better than the others.

fuck everyone! fuck all those stupids human beings.

i don't like to be one of you.. i don't like to live here.. even the purest, better, kinder men are corrupted somehow.. or vulnerable to mean feelings.
kids aren't alright, neither.

kids are honest, inocent and don't use strong masks. they say what they want, they admire things, but they invey everything. his thirst to knowledge leads them to growth. growing up, they become worse.. they're all seeds of shit!

sorry my mean words.. i'm hating myself right now, and it's not my fault. someone I love did this to me. People we love only make us suffer... It's such a contradiction! But it's also the sadest truth of humanity...




I guess i should ask you all for sorry. I'm sorry I have a life...

good-bye

quinta-feira, setembro 28, 2006

se tu soubesse como eu me sinto..
se tu pelo menos soubesse

iguh says:
poizeh.. nao da pra saber beibes.. c tambem nao imagina como eu me sinto
eu sei que a vida eh uma grande bosta
mas ja que a gente ta aqui nessa grande bosta
vamo pegar a bosta e sujar a parede com ela
vamo jogar pra cima
e fazer festa
e zoar tudo
ate que o mundo canse da gente
e a gente morra

the.whole.world says:
hauioehuioaheuiaheouihaeuihaeuihaeuihaeheaouiaeh
amei
x)é isso mesmo
o que a gente deve fazer
então
não sai daqui próximo ano sem mim
se tu precisar
me amarra
e me leva entendeu?
eu quero ir praí
eu quero deixr de me preocupar
eu quero tu perto de mim
eu quero te amar
x)
grudada em ti

iguh says:
isso lalinha!!!
thats the fucking spirit
mas eu quero v açoes
eu quero v vc entrando no aviao comigo
sentando na janela
e eu segurando tua mao
e te levando comigo
saih pro mundo
oh o teu potencial
oh o nosso potencial
a gente pode fazer o que quizer nessa bosta
eh soh t as malacas
e quem nao tem as malacas nao vive
soh passa pelo mundo
entao vem comigo, merda!
vamo enxer a cara.. vamo usar drogas, fazer sexo, fazer musica, fazer arte
ser feliz caralho
nao eh tao dificil
vamo parar de complicar tudo
que saco
; ppp

the.whole.world says:
mah
te amo
x@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
posso colcoar tudo isso no meu blog, pra eu ler todo dia?
huehuehuehuehuehe

iguh says:
pode
e enfie isso na cabeça
iaeuheaiuheaiuhae

uma boa frase

as coisas q não estão sobre seu controle, ignore-as solenemente.

um primo querido me disse.

ele lembra tanto o sirius black..
heheuheuheuheueh
x))~~

quarta-feira, setembro 27, 2006

Não sou criativa. Dependo dos meus sentimentos para criar.
Quando tudo o que sinto é um nó de um sentimento indefinido na boca do meu estômago, não tenho muitas palavras para compartilhar... Só ouso dizer que não me sinto bem. Não sei o motivo, não sei como resolver isso.
Só queria um pouco de mudança na minha vida.
Só queria não me sentir tão sobrecarregada...
Estou sofrendo um buffer overflow..
Me sinto cada vez menos eu, pois mergulho no inconsciente de uma desconhecida sociopata. Não vejo as coisas com clareza. Não me expresso bem. Queria sair correndo de dentro de mim mesma.
Oh, que martírio!
Porque fui odiar a única coisa da qual não posso me distanciar? Que carma horrível me persegue! Ódio de si mesmo... Ódio do que se tornou...
Plavras inúteis ao vento...
Desespero irracional.


Esse nó que não desata
Essa vida que não acaba
E eu, perdida no meio disso tudo, nadando numa piscina de questionamentos, me afogando em mim mesma!
Ainda bem que eu tenho possibilidade de retorno.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Pensar

cara.. eu tenho só uma cois a dizer sobre isso!

Pensar demais...
pensar demais faz você perceber que TUDO é uma merda..
então.. resolvi pensar pouco!
:D


é um bom conselho..

quarta-feira, setembro 20, 2006

OW FUCK

porrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrra
isso nãopode estar acontecendo
:D






se estiver, prefiro morrer nesse segundo.










































tenho medo; muito

não sou um texto; só um bocado de idéias soltas

porque eu vivo?
porque eu durmo?
porque eu como?
porque eu insisto em não raciocinar a maior parte do tempo?

queria não sentir essa angústia que dança em meu peito.
queria não participar desse suave oscilar de sentimentos.

com um suave piano a me enfeitiçar vôo pelo meu próprio corpo.
queria assassinar meus monstros, mas eu tenho dificuldades em assumir que eles existem...

e os conflitos? ai, os meus conflitos interiores parecem o mar mais bravio, pior que o cabo das tormentas, pior que a calma assassina dos mares da linha do equador. navegar é preciso, porém.. navegar no infinito de si mesmo, enquanto viver deixa de ter importância!

viver é um mero detalhe, facilmente esquecido. porque tudo o que eu queria que acontecesse era não precisar se preocupar com tantas coisas.



sei lá.. eu falei, falei, falei, mas não disse nada de construtivo. peço perdão pelas minhas palavras egocêntricas e egoístas e por ter feito a mim e a você perder tempo.






um beijo de amor...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Noir Conte

Num belo barco a vela, na obscuridão da meia-noite, encontra-se uma jovem. Indiferente ao movimento das ondas, indiferente ao céu estrelado, indiferente ao suave som do vento, ela está perdida. Perdida em seus pensamentos, em sua loucura, navegando sob o manto negro do infinito. Não sabe porque ainda existe, nem porque deveria deixar de existir... O ponto de indefinição de sua vida perdura por horas e horas, dias e dias, e, mesmo assim, ela não se importa. O tempo faz tanto sentido o quanto sua própria existência..

Antes morresse afogada; ou, até mesmo, abrisse os olhos para uma possibilidade de reencontro com o plausível. Mas o que resta é a inércia, e tudo o que deveria existir, mas não existe.

O que não deveria existir mas existe é uma única imagem, congelada em seu âmago: o pôr do sol tingindo o céu de diversas cores, areia e sangue. Sangue derramado, areia fluida, uma mistura. Um punhal envenenado. E tudo se torna preto-e-branco, como se fosse um filme de uma época que já se foi.

Cordão de prata arrebentado, uma chuva de estrelas, um grito entrecortado, e o nada. O nada que dança enfeitiçando todas as pessoas. O nada que acaba com várias das mentes desgraçadas.

As palavras têm o dom de fatiar almas humanas. Uma mente influi na outra, e, quando ela se arma, tudo sacode. As situações se chacoalham, se tornam um ponto de interrogação. A definição, suspensa no ar, oscila.

E o que acontece, conjuga o verbo no passado e não há mais volta. Um desespero além de lágrimas pousa altivo num coração frágil. Pobre donzela.. Mais uma vítima do cruel destino de todos os casais apaixonados: o fim.

Sim, sim! Caia! Já não há mais cura para esta ferida. Assassinato de Logan, assassinato de Dara. A primeira, transpassada por uma lâmina física; a segunda, pela lâmina dos abandonados.

Nada mais pode ser feito... O passado é tão imutável o quanto o futuro é imprevisível. Mas o nada é mais uma parte de tudo.. O contato daquela mão gélida, daquela camada de sangue seco, da suave carícia da brisa há de acordar quem não dorme. E depois de reviver dez vezes, cem vezes, o Momento, talvez ainda haja vida para a sobrevivente...

quarta-feira, setembro 13, 2006

ser ou não

Sentimentos me engasgam. Contudo, não sei o que falar, o que vomitar, para aliviar esse desespero periódico.

Ficarei em silêncio, então.


...

previsão...

eu tenho medo da vida.

eu tenho medo de como as coisas nos são dadas

e, no momento seguinte, retiradas

nos deixando com uma sensação desesperadora de insegurança

eu tenho medo de como as horas são flexíveis

e de como o equilíbrio é frágil.

a qualquer momento tudo pode desmoronar.. e desmorona.

só nos resta a incerteza

a qualquer momento a visão do futuro assola sua mente

e você tem certeza de que aqueles são seus últimos minutos de paz

que, sem você nem perceber, foram destruídos

pela ansiedade aterrorizante que precede certos fatos

só depois de irreversível, percebi o que perdi em minha vida

parece que eu abri a mão espalmada ao vento

e permiti que meu único grão de felicidade saísse voando, sem sequer tentar retê-lo

porque, afinal, sei que a prisão não é uma felicidade honesta..

mas se componho os cânticos e eles ressoam em salões que não são os meus

nada posso fazer a não ser ser grata por ter sido a geradora de tamanha harmonia

e sair em busca de novos músicos para formar minha orquestra

se minhas lágrimas são derramadas em prol da ausência das do próximo, eu porefiro que assim seja. Afinal, é mais doloroso ainda ver as pessoas, que são suas tanto o quanto você é delas, em estado de tristeza.

eu queria poder fazer alguma coisa, mas sinto que minhas ações me levam ao inevitável, já que a definição dos acontecimentos reside em algum lugar do passado.

Porque eu tenho que sentir tudo de antemão?

Eu acho que eu não vou deixar isso acontecer. Eu acho que ainda dá tempo de consertar o que eu fiz.

E mesmo que não dê, a capacidade do ser humano de superar as coisas é uma habilidade fantástica

No final, vai acabar dando certo.

O medo não leva a nada.. e isso sou eu tentando me convencer de que não vai ser tão ruim o quanto eu penso...

moi, le stupide

[pausa mais longa que o esperado para trocar o teclado]

Como eu ia dizendo, se esse texto não der certo, nenhum outro dará. Já faz muito tempo que eu tento, desesperadamente, me expressar de forma entendível, mas não consigo! O que me resta são papéis com idéias sem vida! Pior que inacabadas, elas são deficientes... Sem possibilidade de recuperação.

Apesar de as palavras nunca terem o significado exato do que eu espero, e apesar de eu nunca, mas nunca mesmo, estar satisfeita com o que eu escrevo (afinal, como é que se fica satisfeito com uma porcaria dessas?) [...] Deixa pra lá. Esqueci o que eu ia falar. Mas deve ser lógico. Pensa aí um pouquinho pra ver se você consegue entender.

É horrível a consciência de sua própria impotência!

É horrível querer expressar uma idéia e não conseguir!

É angustiante!

Caralho... Eu me sinto péssima no momento. Que inveja tenho eu dos escritores que conseguem falar em um parágrafo o que eu sinto durante minha vida inteira! Que inveja tenho do inatingível!

Eu sei que é impossível ficar satisfeito com a materialização de uma obra; afinal, ela nunca sai da mente do jeito certo. Sai sempre torta, ou pulando... Obras de arte (se é que eu posso chamar isso de arte) são formas de existência das mais indisciplinadas.Eu só não queria ficar assim!

Acho que a minha frustração é culpa da minha arrogância e incapacidade de aceitar defeitos, tão recorrente na adolescência do ser humano... Principalmente se o ser, no caso, ficar ouvindo que é mais inteligente que a maioria das pessoas. Mas que culpa o ser tem? Ele simplesmente nasceu assim! E ele ainda é ridículo a ponto de ter pensado em dizer que tenta não ser, só pra se fazer de coisinha inocente, quando, na verdade, esse ser adora ser mais esperto, ser elogiado!

Ele sente um prazer sombrio em sentir dor, em se sentir frustrado, em se sentir inútil, e ainda utiliza esses sentimentos pra se esquivar de suas responsabilidades. Porque? Talvez seja porque a essência desse ser é ser preguiçoso e, pela sua inteligência, usa artimanhas bem pensadas que possibilitam sua inércia. Aí, quando começa a ficar sem desculpas pra continuar sem fazer porra nenhuma, usa a brutalidade e a máscara da incompreensão; afinal, se ninguém entende, ninguém vai perceber que o motivo simplesmente não existe!

Ou talvez seja a consciência de usar essa inteligência e sempre sair ganhando que gera culpa. Ter consciência de cada vez que falou algo que magoou a outros, ou imaginar demais que causa mal. Ter essa certeza devastadora de que só gera desgraça, trabalho, penúria.

Mas a maioria dessas coisas não é consciente. Só se torna consciente por períodos, nos quais o ser tenta mudar. Ou entra em mais uma crise de depressão, ódio e auto-flagelação, que só acaba quando o esquecimento se inicia.

E o esquecimento gera mais problemas ainda, pois não é um esquecimento seletivo; ele se alastra, deletando da memória tanto momentos bons quanto ruins.

Opa! Então, é a consciência de sua inteligência que gera a culpa, que gera a depressão?

Cara, eu queria saber.

Porém, não entendo mais nada... A verdade pode ser outra, cuidadosamente escondida por entre as camadas do subconsciente propositalmente complexo (por não ver graça em ser de outra forma), com uma ridícula necessidade de se auto-afirmar, beneficamente ou prejudicialmente.

Porque diabos eu ainda tento? Porque eu não apago tudo, rasgo tudo, queimo tudo logo de uma vez, se eu sempre fico com ódio da minha mediocridade?

Porque quando eu escrevo, eu me compreendo. Porque eu converso comigo mesma. Que feliz hein? Eu percebo meus defeitos, pra tentar mudar, e acabar adquirindo outros piores! Porque, afinal, adultos são piores que adolescentes. (E eu sou uma adolescente quase adulta, eu acho...) Mas continuando:

E, se você parar pra pensar filosoficamente, se pergunte: o que é vida? O que é arte? E o tempo? Se você sabe que um dia ele chega ao fim, ele VAI chegar ao fim, e você não tem certeza se seus esforços te levam pra onde você quer ir. Porque, afinal, o acaso é o grande protagonista da história. Mas não acaso no sentido de aleatório. Acaso no sentido de “hey, você não tem controle sobre sua vida! Por mais que você ache que tem, chega um dia, inesperado, que você leva uma sacudidela de algo e adeus toda a sua suposta ‘estabilidade’”.

Nem falei o que pretendia, e nem gostei muito de minhas palavras; vou gostar ainda menos da segunda vez que eu abrir pra ler. Mas da terceira, depois de vários meses, provavelmente, vai me parecer interessante. Será?

Só o tempo vai dizer

Ei!

Quem é você, seu curioso, que anda lendo o que eu escrevo?

Ah! Sou só eu, mesmo...

Tomara que a mamãe não leia isso.

Ps. Como esse texto foi ficando tão grande? Pqp! Eu queria conseguir parar de mexer nele. Vou acabar cagando o pau, como sempre...

Ou perdendo uma história em detrimento de outra, não necessariamente melhor.

Ótimo; deixem que eu me apresente: Nightshade, a Prolixa Compulsiva Dramática Consciente Irônica Auto-Depreciativa Exagerada. : )

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