terça-feira, março 18, 2014

Num dia meio nublado

Acabo de almoçar. Fiquei com vontade de escrever. A luz entra suave neste dia nublado. Meu quarto bagunçado, meu quadro bagunçado, uma sombra corre rápida na parede.
Respirar.
Minha criatividade anda doente. Outra sombra. 
Um quadrado de luz no meu quadro branco!
A campainha toca. Deduzi quem é, não queria saber. 
Os gritos de sempre. 
As falas, as vozes, a invasão auditiva do meu espaço. 
Não queria ouvir.

A água corre pelos encanamentos, fazendo barulho abafado de estrelas. 
O cachorro está engasgado.
E eu, deitada e suja, bagunçada. 
A água escapa volumosa pela torneira. Barulho de vento rápido. 
Lá atrás, gritos. Gritos. "A água, floratil, cadê ela?" Cachorro tosse.

baruulho de estômago doente nos encanamentos. [Ela diz: deixa eu ir, filha!] Vá.
Conversas, risos, deduções. 
Meu pequeno inferno.

Deitada na bagunça. Minha mente explode em várias direções. Pensamentos paralelos e dentro do mesmo plano. É um plano-sequência. Ela grita. Ela grita. 
Eu tenho fones de ouvido e músicas. Mas estou alimentando com o que vem de fora, julgando negativamente, me metendo num redemoinho de más impressões.

Tem um quadrado de luz no meu quadro branco. Meu amor é mais fraco que meu ódio. Não deveria ser. Meu amor tem que ser mais forte do que qualquer coisa. 

[Um coração sendo espremido em uma mão]





quinta-feira, janeiro 16, 2014

Diz seu Yutaka que preciso aceitar o presente, primeiro. Que preciso aprender a respirar. Que preciso fazer as pazes com o passado para que ele não mais possa me atormentar. Pois bem... Aqui estou eu, sem a menor ideia de como fazer isto. Agora, com a ajuda de remédios. E uma parte de mim diz que eu faço e vivo tudo isso ruim de propósito, para me boicotar. E a outra parte diz que eu faço por que não tenho escolha. Mas o negócio é que eu tenho, só que preciso aprender a fórmula. O vento bate no meu rosto e agita meus finos cabelos. Estou decepcionada comigo mesma. Não sei escrever. Quero mudar. Quero desesperadamente mudar, parar de ser uma loser, uma lazy-ass, ou parar de pensar que o que me falta é 'trabalhar'. Ha! Os sociólogos já tanto teorizaram sobre isto. Não quero ser uma escrava. Não quero. Olhos tristes e vazios, não me admira que meu namorado não seja apaixonado por mim. Por dentro, a escuridão me consome e me impede de fazer o que eu sei que é certo: não se importar. viver. amar. e ser simples Nada é simples. E a espera é triste. E eu sei que estou sendo punida, ou que isto é meu karma. Quero aprender logo, estou ansiosa para aprender logo, ou tao ansiosa o quanto meus remédios me permitem... Bem. Agora, vou fazer os fichamentos do meu tcc, sem amor nenhum por isto. Me odeio.

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