quarta-feira, novembro 10, 2010

Boa Noite

Quase no caos da meia-noite... Mas é só uma observação fútil.


Hoje, morreu um sorriso. Um riso.
Hoje, morreu.

Tchau, Sorriso.
Tchau, Tio Titico.

Me sinto imensamente triste de saber que sua vida não vai mais participar do tempo inexorável. Enfim, só ele resiste... Só o tempo resiste a ele mesmo. Tudo o mais se dissipa.



O mundo todo queima um pouco todo dia, e as cinzas são arrastadas pelo vento. Se espalham no chão, assim como o planeta inteiro vai se espalhar no universo em um monte de poeira. Mas enquanto isso não acontece, vou ficar aqui sentindo saudades de uma pessoa que eu mal conheci, mas que estranhamente conseguiu um lugar no meu coração com um único sorriso dado assim, de graça, numa tarde qualquer. Um sorriso carinhoso, uma timidez no olhar, a brevidade de um último momento corriqueiro. Para depois eu receber a notícia.

Hoje, meu coração sangra. Meu olho chora. Meu pensamento é arisco e turbulento.

Tchau, Tio Titico.
Boa viagem.

sexta-feira, outubro 29, 2010

imagens de um dia...

"Tu conhece fulana não tu?
Fulana...
Aniversário dela hoje lá no lugar X."

Hum...

Bem que eu poderia não escrever e tentar ir né...
Mas não sei, também. Logo agora, que tou toda prosa. Logo agora, que depois de muito tempo, resolvi escrever de novo...
Dúvida.
Vou ou não? Algo me diz pra não ir.
mas será que quando eu chegar lá vou achar melhor do que se não tivesse ido?

Acho que vou ficar na dúvida.


______________________________________________________

Sol quente e correria são duas coisas que não combinam, simplesmente.

Me passaram um exercício hoje.
4 listas: I - coisas que gosto e faço; II - Coisas que gosto e não faço; III - Coisas que não gosto e faço IV - Coisas que não gosto e não faço.

Parece tão simples esquematizar a vida! Isso é um retrato perfeito, realmente, se eu souber responder a essas perguntas.
Acho que a simplicidade seria fundamental, mas dá pra filosofar bastante em cima dessas pequenas questões pessoais.


Acho que vou tentar responder, agora...

I - Coisas que gosto e faço:

1) Dormir
2) Jogar joguinhos viciantes no PC (The Sims e Mafia Wars)
3) Ler bons livros (não tanto o quanto eu gostaria)
4) Brincar com meu cachorro, o Floyd (isso inclui levar ele pra passear na beira-mar e na praia)
5) Tocar baixo
6) Escrever (não tanto o quanto eu gostaria, também)
7) Fumar cigarros
8) Jogar coisas tipo adedonha e imagem & ação com o Saulo, meu namorado
9) Ficar conversando besteira com o Saulo, ou sem conversar... Apenas ficar perto dele
10) Cozinhar
11) Estudar coisas interessantes
12) Ver filmes (no minimo 1 por dia, acho), ler sobre filmes e diretores, saber coisas sobre cinema (e sobre artes em geral)
13) Cantar
14) Ouvir música
15) Cortar meu cabelo bem curto
16) Vestir roupas simples, tipo uma blusa preta, calça jeans, chinelos
17) Comer sushi (não tanto o quanto eu gostaria)


acho que quando se chega em tipos preferidos de comida, melhor parar
próximo item:


II - Coisas que gosto e não faço:


1) Dormir
2) Estudar matemática, música, história e física
3) Fazer traduções diárias
4) Jogar vôlei
5) Andar na rua sem compromisso
6) Desenhar
7) Tomar banho de mar
8) Viajar pra lugares distantes
9) Ter rotina
10) Jogar videogame
11) Sair para fotografar fios de postes
12) Beber coisas alcoólicas
13) Comer frutas
14) Andar de skate
15) Estudar astronomia
16) Dançar ballet
17) Acompanhar aulas do começo ao fim, sem perder a atenção, e nunca faltar

III - Coisas que não gosto, mas faço

1) Dormir
2) Me relacionar com qualquer pessoa quando estou triste/decepcionada/me sentindo mal/em crise
3) Ficar sem falar com meu pai direito
4) Fazer serviços domésticos
5) Cozinhar por necessidade
6) Comer carne
7) Ficar triste sem conseguir sair de casa e sem conseguir falar com ninguém
8) Trabalhos da faculdade com prazos
9) Acordar cedo
10) Dar banho no meu cachorro
11) Cumprir horários

IV - Coisas que não gosto e não faço

1) Dormir
2) Sair quando me sinto muito mal
3) Usar salto alto
4) Parar de fazer algo importante (tipo algum trabalho da faculdade) pra fazer algo que alguém pede.




Tem mais coisa, vou lembrando ao longo do tempo e editando esse texto. Acho que é melhor.

Taí uma coisa boa de escrever e armazenar em formato digital: dá pra mudar à vontade, sem necessidade de rasura, e é melhor e mais fácil pra administrar. Menor volume de coisas.
Mas também, papel é mais confiável. Destruir um banco de dados não é lá tão difícil.Ou perder a senha... Ou deletar por engano...

Enfim.
Tchal

segunda-feira, outubro 18, 2010

Bom Dia

Tenho andado muito insone esses dias. Até já cansei de falar sobre isso.
MassssS hoje consegui dormir antes de amanhecer, felizmente, apesar de eu já estar de pé. Voltar a andar de skate tá me fazendo bem :)

Faltei aula.

Ainda tô acordando, na verdade.

Meio lezada, ainda...

lalalá.. divagando.

Na verdade, eu odeio o sol. Tá me dando agonia esse sol ridículo das dez da manhã, com esse calor infernal que tá fazendo aqui.

E vou jajá compensar a minha falta na aula hoje com estudo.

blé.
chato, isso.
odeio faltar aula, porque perco a matéria. e recebo falta.
mas também, odeio ir pra aula de manhã, no calor, de ônibus.
Tenho que parar de faltar.

(Mas que texto inútil, meu deus!)

tchal

quinta-feira, setembro 23, 2010

*SuspiroProfundo*
Eu não sei se é a falta de sono que gera a agonia, ou a agonia que gera a falta de sono.
Só sei que tou sem sono E agoniada E precisando escrever mil trabalhos.

E tou me sentindo uma múmia de tão velha
e tou tentando parar de fumar, mas acho que isso só me dá mais vontade de fumar mais e mais ainda mais e mais.

e minha compulsão não deixa meu cérebro se aquietar, se concentrar, se APLICAR a algo. Meus pensamentos são como pios de milhares de passarinhos irrequietos acordando de manhã.

Vários pequenos núcleos de tortura se ativando, cada um de um lado, ir-re-fre-á-veis, IRREFREÁVEIS, fazendo eu me perguntar: PORQUE ELES NÃO CALAM A BOCA?

PORQUE essas merdas de pensamentos degradantes e ferinos não param?

Aonde foi que eu me perdi?
Aonde eu deixei que eles começassem a ficar fora de controle?
Quando foi que eu entrei nessa onda magnética de progressões gigantescas?

várias pequenas palavrinhas ficam me alfinetando... egoismo, insuportabilidade, feiúra, burrice, mediocridade, medos, medos, medos...
coisas, coisas, coisas
amor x aversão
a mim.

eternos duelos sem vencedores
apenas pendendo para um dos lados
nunca triunfantes

é sério... acho que eu vou ficar LOUCA muito em breve, mergulhar na lama e no caos dos meus sentimentos

me AFOGAR nessa banheira transbordante de angústia, consequência dessa torneira que jorra infinitos metros cubicos por milesimos de segundo

se eu fosse pensar numa figura pra retratar minha mente, eu pensaria num átomo.

um átomo instável.

milhares de eletros se chocando em volta de um nucleo desproporcional.
pedaços de braços e cérebros e ossos e olhos e areia, muita areia, todos girando freneticamente, escolhendo suas vítimas, presos pela força gravitacional bizarra! cada grão pesa mil toneladas.
duas mil toneladas
três mil toneladas
infinitas toneladas
de pedaços de mim
se chocando loucamente


sem fim, absolutamente

domingo, setembro 12, 2010

eu sou um pequeno infinito cósmico de grãos de pensamento
e dentro de mim tem um abismo infindável e denso de tanta escuridão
e dentro desse abismo, eu nado, buscando as respostas pras minhas perguntas sem solução, pois só se encontra quem se perde


e dentro do meu infinito são entoadas canções tão complexas que, por vezes, tudo o que eu consigo distinguir são aqueles amontoados de notas loucas. e dentro dessas notas loucas há o amor, que explode como se houvessem tantas bombas atômicas lá dentro, que parecem poeira se olhadas de longe.

E no meio das bombas eu nado, e nado em todo canto e em canto nenhum, porque não me movo seguindo leis universais, nem me prendo a um passo após o outro. eu englobo tudo e sou tudo o que eu penso, e só transfiro as coisas mais belas pro meu abismo de solidão.

domingo, julho 18, 2010

Acho que tou ficando doida.

quinta-feira, junho 24, 2010

Insônia.
Meu cérebro simplesmente está soltando fumaça. Cada pensamento combalido se desloca por entre as ruínas da minha mente. Fracionado, esquecendo palavras, atarracado, em pequenos pedacinhos frágeis e efêmeros. Entrecortado, violado, mutilado. Mutilado... Era esta a palavra que eu estava procurando.
Meu raciocínio está mutilado pela falta de sono, pela sua completa estanheza, deste infiel cárcere da minha tranquilidade.
Cada milésimo de segundo se passa como algo vil e anti-natural. Como se minha existência se resumisse a um erro, a uma aberração assustadora e grotesca.
Minhas expressões são contorcidas e culpadas. Eu não deveria estar aqui. Acordada. Consciente.
Eu pertenço ao mundo onírico, surreal, aonde não existem meias verdades, mas sim a imaterial expressão da essência da existência. Eu pertenço ao lençol macio da minha cama, às molas que se adaptam ao meu peso, ao travesseiro que sustenta minha cabeça maldita.
Prego os olhos e estes me parecem abertos, deito e parece que ainda estou em pé. Leio, mas nada consegue prender meu raciocínio. E quando me levanto, sinto a agonia de estar fora do lugar, irritante alma sem sono.
E ironicamente, eu estava lendo Sandman... Filho da puta. Vem aqui trazer meu sono de volta!
Talvez ver filmes adiante de alguma coisa...
8:00 da manhã. Absurdo...
Raiva. Incômodo. E principalmente, impaciência.
Bom-dia.

terça-feira, junho 15, 2010

Remember when you were young, you shone like the sun
Shine on you crazy diamond
Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky
Shine on you crazy diamond

papai...

quarta-feira, março 10, 2010

tédio

cansaço
indiferença
morgação
apatia
preguiça
crise criativa
branco
preto
frivolidade
desperdício
incapacidade
enjôo
angústia
improdutividade
negação
autocomiseração
auto-indulgência
sono
morte

quinta-feira, março 04, 2010

O brilho pálido do luar passando por entre as folhas me chamou a atenção hoje. Iluminando tranquila lá de cima, distante, sozinha e completa ela estava, constante, a subalterna do Sol.
Por alguns segundos, meus pensamentos calaram, amainaram a pressão de seu movimento entrópico, pois o ato de ver a beleza se tornou maior que meus conflitos internos.
Dirigi de volta para casa vagarosamente, depois de uma despedida, sem muita vontade de chegar, apreciando o segredo de ruas vazias, a luz hermética dos postes, o asfalto macio...
E agora, sinto o cansaço do dia chegando no meu corpo. Minha mente, por infortúnio, não lembrou de recebê-lo. Ainda está em seu galope imprevisível, assim como as mudanças climáticas e o destino da Matéria.
Alisei os cabelos displicentemente, como costumo fazer, vasculhando em minha memória e em minhas sensações o que mais eu poderia dizer para descrever esse momento. Não adiantou.
Tudo é uma sucessão das mesmas coisas, como se estivéssemos presos num círculo gigante do qual é impossível escapar a menos que se aprenda a pular infinitamente alto. Portanto, tudo o que eu poderia dizer cai na prolixidade, numa nova forma para a massa de modelar já muito usada.

Portanto, me recolherei à minha insignificância de mais um cigarro emburrecedor, de mais uma noite mal dormida, de mais um dia completamente inútil por causa do sol.
Quero minhas noites em claro novamente ;/

Já não aguento mais esses dias improdutivos de calor sufocante e maus pensamentos estourados pela luz.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

eu queria entender
mas não sei nem mesmo perguntar para que alguém me responda.

eu queria falar a respeito
mas as palavras simplesmente não conseguem traduzir

eu queria segurar o pulso dessa mão que aperta meu corpo
e eu queria quebrá-la com a minha força

a música, contudo, parece dissolver aos poucos isso que me aperta
mas mesmo assim, agora, por exemplo, quando eu estou num estado indefinível extremamente torturante
nem isso adianta.

meu corpo sente fisicamente. acho que isso faz parte do meu exagero sentimental. isso é um caralho oh...
toda vida isso volta.
toda vida
sem-pre


eu me odeio e à minha apatia.

e eu nem quero morrer
nem nada trágico
eu simplesmente
quero
que
isso
passe.

só isso.

tem infinitos gritos ecoando no meu cérebro.
infinitas palavras não ditas engasgadas na minha garganta.
infinitas culpas que eu espalho por aí, infinitas pessoas que eu continuo querendo perto e afastando
afastando
afastando...

e meu medo é tão surreal...
vem disfarçado, mas eu sei que ele é a causa de tudo
ou será que não?

na verdade, só uma guitarra distorcida e pesada com um baixo gordo me fazem ficar menos mal.
ou não.
a mesma dor que eu sinto
a mesmíssima dor...


a tristeza infinita do passado galopante, me empurrando pra um futuro que eu não quero.
vou chutar a cabeça do cavaleiro, montar no cavalo e sair voando.
eu juro!
eu preciso
eu quero.
eu odeio odeio odeio sentir pena de mim.
odeio.
sinto é raiva.
mas também odeio sentir raiva.
então, acho que por isso me odeio.
mas que merda.
que se foda tudo isso.
eu nem sei o que eu quero mesmo
nem quem eu sou
nem porque eu sou aqui
e vivo assim
e porque eu acho que deveria ser tudo diferente
quando na verdade as coisas sempre são diferentes e meu sentimento nunca muda
só o exterior
eu dentro de mim continuo a mesma ruína humana
decadente
horrorosa
e linda
e idealista
e tão inteligentemente burra.

vai entender...
"nem eu mesma consigo..."

_|_

terça-feira, fevereiro 16, 2010

330

três
dizem que é o número perfeito
o número do equilíbrio.
o número cujo complementar é 7, o número sagrado

é incrível que com tantos desses na minha vida, eu ainda assim sou o paradoxo.
feliz e triste? não... muito simples...
viva e morta.
quem sorri e chora ao mesmo tempo.

rir dá vontade de chorar.
chorar dá vontade de rir.
andar dá vontade de sentar
e sentar dá vontade de levantar
e sair andando
e não voltar
e não olhar pro que passou
mas eu olho
eu vivo olhando para o passado
o passado cavalga frenético no meu encalço, me assustando rumo ao penhasco do desconhecido.
eu olho no espelho e vejo um desesperado pedaço de carne, ansiando pelo mundo material que despreza.
cada detalhe de mim me mostra o amor próprio que me escapa.
a falta de cuidado
a decadência de uma mente perturbada
profundamente perturbada, compulsiva pela análise
paranóica com os 'se's, iludida pela imaginação
eu estou tão longe da realidade...
a quilômetros de distância, e ainda assim, vivendo nela, nessa minha que eu sei que é tão distorcida.

alguém me ensina a ligar o foda-se?

quarta-feira, janeiro 06, 2010

eu queria... the l word agora.
:)

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