quinta-feira, junho 24, 2010

Insônia.
Meu cérebro simplesmente está soltando fumaça. Cada pensamento combalido se desloca por entre as ruínas da minha mente. Fracionado, esquecendo palavras, atarracado, em pequenos pedacinhos frágeis e efêmeros. Entrecortado, violado, mutilado. Mutilado... Era esta a palavra que eu estava procurando.
Meu raciocínio está mutilado pela falta de sono, pela sua completa estanheza, deste infiel cárcere da minha tranquilidade.
Cada milésimo de segundo se passa como algo vil e anti-natural. Como se minha existência se resumisse a um erro, a uma aberração assustadora e grotesca.
Minhas expressões são contorcidas e culpadas. Eu não deveria estar aqui. Acordada. Consciente.
Eu pertenço ao mundo onírico, surreal, aonde não existem meias verdades, mas sim a imaterial expressão da essência da existência. Eu pertenço ao lençol macio da minha cama, às molas que se adaptam ao meu peso, ao travesseiro que sustenta minha cabeça maldita.
Prego os olhos e estes me parecem abertos, deito e parece que ainda estou em pé. Leio, mas nada consegue prender meu raciocínio. E quando me levanto, sinto a agonia de estar fora do lugar, irritante alma sem sono.
E ironicamente, eu estava lendo Sandman... Filho da puta. Vem aqui trazer meu sono de volta!
Talvez ver filmes adiante de alguma coisa...
8:00 da manhã. Absurdo...
Raiva. Incômodo. E principalmente, impaciência.
Bom-dia.

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