quinta-feira, maio 29, 2008

Eu sou quem?

Eu era um bebê estranho; aprendi a falar com 7 meses, e minha hiperatividade me fazia 'desmaiar' quando me dava sono; era de uma vez. Sabe como quando você aperta o botão de resetar? Era assim que eu dormia.

E eu era uma criança mais estranha ainda; não gostava de outras crianças. Sempre ficava perto dos adultos, lhes bebendo as palavras. Porra.. não gostava de brincar de barbie, não gostava de fazre nada coletivo. Era demasiada insegura, acho eu.. E ninguém me entendia! Sempre me senti deslocada...

Uma vez, quis ir dançar uma música da xuxa. Pra você ver como ela fez um pacto com o diabo.. Acabei fechando a porta no meu dedo, e decepei um pedaço do bixinho, isso com 4 anos. O fato curioso é que eu passei minutos pra dormir quando tomei a anestesia geral; não queria dar o braço à torcer. Eu queria mesmo era xingar o filho da puta que me aplicou aquela porra de anestesia tão dolorosa. Provoquei risos; afinal, uma criança de 4 anos xingando brutalmente não pode ser levada a sério. >/

Já fui bailarina, durante anos, e estes foram provavelmente os mais felizes da minha vida. Quando eu subia naquelas pontas de gesso, tão dolorosas e tão recompensadoras, me sentia voar.
Claro que alegria de ser humano dura pouco, e eu tive que parar de dançar por causa de um problema no joelho. Pedi até pra adiar a consulta, porque já estava prevendo as palavras enfuriantes: não pode mais dançar. Só não chamei esse médico de santo.

É... Durante toda a minha vida, li muito. Talvez porque considerasse minhas histórias dignas de relato; talvez por considerar as histórias relatadas dignas de reprodução. Só sei que, de um jeito ou de outro, experiências redigidas me foram entregues e eu as digeri, não tão bem o quanto queria, devo admitir.

Uma das minhas descobertas mais maravilhosas foi o amor fora da família. Acho que nunca tive muitos amigos, mas os poucos que consegui cativar me são os melhores sentimentos.

Por fim, me proclamo uma amante da arte, talvez porque minhas experiências que não foram tão agradáveis me abriram os olhos pros sentimentos alheios. E oque é a arte além da expressão abstrata de tudo o que sentimos? O que criamos é reflexo do nosso inconsciente; nossos filhos nos são intrínsecos à alma.

ps. Música... A música roda um programa no meu cérebro que me causa sensações únicas. Não sei nem como descreve-las direito, oh.. É algo como satisfação, orgulho.. êxtase, mas como se fossem sentimentos evoluídos, um novo tipo. Como se meu cérebro passasse a usar linux em vez de windows saka? A mesma coisa, só que na verdade não é! (rlevem em consideração a ineficácia do windows e a complexidade do linux)




ah! e nunca aprendi a ter senso de humor :) o meu é uma coisa meio débil; dá umas aparecidas, mas adormece bem rápido.

quarta-feira, maio 28, 2008

O problema do mundo

O mundo não precisa de acordos de paz. De Camp David, de Fórum Social Mundial e nem de congressos ambientais. O mundo precisa de álcool (não estou falando de biocombustível), maconha e sexo. Veja: se houvesse sexo o suficiente, isto é, se todos trepassem, não haveriam pessoas mal resolvidas no mundo e, logo, ninguém jogaria sua insatisfação pessoal em cima dos outros em forma de violência. O mundo seria um lugar melhor se as pessoas deixassem de recorrer ao Prozac, ao Lexotan e ao Valium se todos fumassem unzinho. As pessoas ririam mais, não foderiam tanto seus neurotransmissores e seriam contemplativas, imaginativas, criativas! Muita coisa bacana poderia ter sido criada. O álcool aqui soaria como uma forma de extravasar. Quantas Mariazinhas não se declararam pro Joãozinho por timidez, medo? E, fazendo isso, deixam de experimentar as oportunidades, tornam-se amargas por nem tentarem suas próprias felicidades. Tenho certeza que as atitudes concretas do nosso dia a dia, como trabalhar, estudar, voluntariar-se por um mundo melhor, criar, empreender, seriam muito mais aprazíveis com a combinação dos 3 fatores supracitados. Cansei do mundo sóbrio e frígido. Assim, vida pra quê?

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