sábado, janeiro 17, 2009

10) como minha existência é desviada por pormenores mundanos

* minha maior ambição de vida é o conhecimento
desvio: diversão vazia - sinuca, amigos de farra, sair TODO DIA
me impede de ler, tocar, etc etc.
solução: sumir dos círculos sociais.

hoje eu vi..............
coisas que não me trazem nada muito bom.
na verdade, não me trazem nada. esse é o problema.
qual o sentido de conhecer 1500 pessoas, sair pra 5 lugares diferentes numa noite, ganhar 1000 partidas de sinuca?
eu não quero amigo de bar. quero amigo pra fazer as coisas que eu gosto de fazer, pra me acompanhar na música, pra me indicar bons livros, pra comentar quadrinhos... amigos com quem eu nem sinta vontade de falar sobre pessoas e saídas e álcool...

fodam-se todas essas merdas. a partir de hoje, DESISTI.
não vou mais sair à noite pra ficar falando merda com gente que eu nem conheço direito.

vou frequentar outro tipo de lugar, e se não tiver, vou fazer um.
e pronto.



e eu espero que eu não esqueça isso.
;P

sexta-feira, janeiro 16, 2009

sabe... eu andei pensando.

tem um grupo
e tem os antagonistas
pessoas diferentes que são desprezadas

porque eh que eu faço essa merda acontecer?
mah, tah certo que tem gente chata no mundo
mas... porra...
ao invés de excluir acho que tem que rolar a paciência de mostrar
o caminho certo...
da não chatice
sei la


porra odeio quando penso uma coisa
e acabo agindo do jeito contrario..
quando quebro meus ideiais..


resumindo: quando sou hipócrita.

sim, sou hipócrita. infelizmente é verdade
o ser humano o é.
pelo menos disso eu sei.
porque pensar é uma coisa


mas sentir... sentir faz você agir sem pensar, e o ser humano é condenado a seus sentimentos... a tê-los, a realizá-los, a rejeitá-los e abraçá-los.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

caralho!
eu já ía escrever sobre como não tem nada pra fazer!
mas lembrei que tem filmes aqui em casa
hihi

assisti-los-ei agora

tadáá

quarta-feira, janeiro 14, 2009

na minha

eu estava aqui
quieta e indecisa
fumando um cigarro
colecionando experiências

aí você explodiu na minha vida
rindo e me divertindo
com seu samba de língua
sua sinuca e seu violão

dizendo coisas em silêncio
roubando meu abraço
e completando meu beijo
com seu beijo

me tirou da minha calma indiferença
desse mundo preto e branco
balançou minha vida
de um jeito absurdo

tenho uma balinha de menta
aqui pra te dar
maldade sua, que viajou
uma hora dessas!

ah, menina
volta logo daí
que não sei porque
quero te ter

mais que um dia
mais que uma noite
te quero enquanto o tempo me disser
que eu te quero.

terça-feira, janeiro 13, 2009

você!
a única pessoa certa da face da terra
_|_


sabe... não existe certeza porque fatos são só o espírito das histórias...
e se você pensa que está certo
esse é seu primeiro erro: o que é o certo?
e pra quem?


humildade é algo que falta em sua vida.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Palmares 1999

Natiruts

Composição: Indisponível

A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que Zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não



ô música linda viu..
me arrepio toda quando escuto.

letra sensacional
baixo FUDIDO
e batida do coração...

domingo, janeiro 11, 2009

ps. dançando um tango.




Hoje: um dia amargo.
uma nostalgia.
a consicência dos julgamentos errôneos que cercam quem fala de menos - e quem fala demais.

Hoje: um dia borrado.
um dia de vento que conta segredos que eu não queria saber de jeito nenhum
segredos obscuros, que residem no inconsciente de muitas pessoas.

Hoje: nasceu uma nova bolha no meu diafragma
que parece piche
corroendo, se espalhando
inventando histórias que até agora eu não consigo esquecer

Hoje, só hoje
vou me permitir.
vou me deixar sentir, e vou esperar passar.
vou, também, jogar segredos ao vento e deixar ele carregá-los por entre os prédios, por trás das paredes e através das pessoas.
que é pra elas ouvirem, e com eles se identificarem.
Porque, no final das contas, tudo o que conta é seu próprio julgamento, e palavras machucam mas não matam. Elas mostram um painel de realidade, e o mestre sabe ler os fatos quando ouve mentiras e quando ouve verdades.

Estúpidos de nós, que enganamos a nós mesmos porque não conseguimos lidar com a realidade. Que vemos o dinheiro corromper almas, e pessoas sugarem pessoas, e desrespeitarem as formas de vida. Que matamos e morremos por coisas insignificantes, que fazemos guerra desnecessariamente.
O ser humano tem a necessidade urgente de aprender a usar o raciocínio que lhe foi concedido.

revolucionários são altruístas porque não conseguem lidar consigo mesmos
egoístas estão sempre certos - no mundo deles
quem não quer ser é, e quem quer não é.
é como o tímido, que grita pra não ser descoberto
e o extrovertido, que é calado pra não dar uma de esperto


e eu, que realmente sou uma pessoa perdida nesse mundo, sem saber pra que lado correr, sem saber porque estou aqui, sem conseguir entender porque escondemos nossas vontades e fingimos que não as temos, sem entender porque somos hipócritas, tento ser sincera e percebo que não consigo porque isso é assustador - para os outros.

realmente sou uma pessoa estranha, como dizem.
mas não do jeito que pensam.

eu não sou um ser especial ou diferente. simplesmente vejo a estranheza mascarada de todos os outros, e sou descuidada com a minha.
simplesmente canso de máscaras, e canso e palavras, e desse abismo que separa todo mundo.


eu li um negócio num carro que dizia assim: "só jesus é verdadeiro. cuidado"
uma coisa assim...

e na hora eu ri.
mas depois, pensei...
realmente, só um personagem criado pelo ser humano (NÃO estou dizendo que ele não existiu, apenas tenho certeza que a história corrompeu os fatos, como sempre fez) poderia ser verdadeiro.

Porque as palavras não ditas, as mentirinhas pequenas, entalam na garganta. E elas existem em todo mundo. E entre as pessoas, há um misto de amor e ódio, que são separados por uma fronteira tênue e desconexa.

e é por isso que eu não consigo ser uma pessoa leve e feliz.

porque me é exigido um comportamento que eu não estou disposta a ter, e se eu me rebelo, é um auê. Meu deus do céu, só quer ser a estranha, só quer ser a adolescente rebelde.
Primeiro, que faz muito tempo que eu não sou adolescente. Infelizmente, tive que atingir um grau de maturidade, por causa das coisas pelas quais passei, que muita gente muito mias velha nunca vai ter.

e o julgamento? o grande guia das relações interpessoais?
quem é que pode julgar?
quem entende o outro?

ninguém.

tentamos interpretar o outro através do nosso universo. Nunca vamos saber quais são todas as cores de alguém.

impressões marcam, criam imagens, mas quase ninguém percebe que tudo é fluido. mutável. incerto. injulgável.


em nossa pequenez, não temos uma visão ampla. somos cegos a tantas coisas que chega a doer...



um dia me chamaram de Mestra, e não só uma vez. sou considerada mestra em aprender, por alguma coisa maior que eu. Mas minha maestria vem da minha consciência de que sou completamente ignorante e imperfeita, e meu talento vem da minha angústia em ver quanto caminho eu ainda preciso trilhar para conseguir fazer qualquer coisa do jeito certo. O que chamam de sorte, eu chamo de peso. Eu queria ser simplesmente uma árvore que não pudesse ser tocada pelas mãos de pessoa nenhuma. Sem raciocínio, sem necessidades, sem sentimentos. Simplesmente existir porque existo, e Ser porque nasci. Ou, ao menos, uma pessoa incapaz de pensar todas as coisas que eu penso, que enquanto me ensinam, me torturam.

Assim, eu não precisaria fumar mais um cigarro cheio de alívio, nem precisaria beijar mais uma boca cheia de humanidade.

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