sexta-feira, março 20, 2009

entro precisamente às 05:27 da manhã no msn. Ninguém acordado. Penso em fumar um cigarro, enquanto decido o que fazer, mas lembro da gastrite. Foda-se. Vou fumar assim mesmo.
olho para o céu, e vejo os raios solares tingirem a paisagem de tonalidades incandescentes. Não tenho nenhum pensamento estimulante nem lembro de algo importante.
Não tenho nada pra fazer, nada em que precise gastar meu tempo.
Vou no google e pesquiso 'trabaho independente'. Passo a vista rapidamente nos resultados da busca, e uma palavra dentre várias parece se destacar: informática. Minha ambição mais promissora no momento. Isso ou tento minha sorte na literatura. No Brasil? Quase soa como piada. Então..
Objetivo: Engenharia da Computação, Cefet. Ciências da Computação, UFC, Unicamp e UECE.
Tem um momento na vida de um ser humano - eu, mais precisamente - em que ele define metas e tenta alcançá-las, ou endoida.
Acho que eu prefiro a primeira alternativa.
Essa minha vida de escritora anônima de um blog desconhecido está longe de me alimentar, apesar de me entreter.
A partir de hoje, pretendo manter um diário de como venho dedicando meu tempo pra conseguir o que eu quero.

Cansei de auto-piedade, narcolepsia leve e DDA.

meu tempo vai ser cuidadosamente dividido entre muito esforço e um pouco de descanso, ao contrário do que eu venho tendo há tempos: férias forçadas e indefinidas.

quinta-feira, março 19, 2009

solidão?

solidão.
Hoje eu tava dirigindo sozinha e pensando em como compreender e, consequentemente, descrever esse sentimento inconfundível pra quem sente.

Eu não posso dizer que não tenho amigos. Os tenho numa quantidade até meio incomum, dada a minha personalidade instável. Eu até chegaria a dizer que tenho sorte de poder contar com tantas pessoas, de receber tantas visitas inesperadas e sorridentes na minha porta, que nem simpatia esperam receber de volta.

Eu também não posso dizer que minha família não me apóia. Nunca recebi um não com que eu não pudesse lidar, nunca fui forçada a fazer algo que eu não quisesse e que poderia afetar meu futuro de forma irreversível, nunca me senti completamente desamparada. Quando eu mais precisei, alguem sempre esteve por perto pra me segurar quando eu bamboleasse, ou me consolar, caso eu caísse.

Já fui vítima de ruindade, mas isso até me ajudou a construir meu caráter de forma que me agrada em parte. Tenho que admitir que me tornei uma pessoa melhor, mesmo que não a que eu quis, por causa das coisas que eu sofri nas mãos de gente covarde quando era uma criança. Aprendi a ter um certo nível de sensibilidade, contrariando minha tendência à frieza.

Então, dito isso, porque ainda assim me sinto triste e sozinha quase o tempo inteiro?

Parece que tem uma parede entre mim e a maioria das pessoas. Parece que eu nunca consigo transmitir o que eu penso de forma clara e precisa, e por mais que todos estejam do meu lado, rindo comigo, conversando comigo, não estão realmente me compreendendo e vice-versa.

Um fator agravante é o fato de eu não conseguir me expressar direito, por causa do meu TDAH. Caralho, eu quero conversar, mas não consigo! Tudo se embaralha, fica emaranhado. Contudo, eu acho que até isso é contornável.

Bem... Recuperando a ponta da corda que eu deixei pendurada lá no começo: quando eu tava dirigindo, acabei por me achar numa profunda tristeza, aparentemente sem motivo nenhum. E não é uma tristeza com a qual eu possa batalhar. Não me agoniou, dessa vez. Não me fez perder a calma, nem a auto-estima. Simplesmente tomou conta do meu corpo, da minha alma, como se fizesse parte do mais íntimo do meu ser. E ela tinha um motivo: a bolha que me isola do mundo das outras pessoas.

Será que eu quero sentir isso? Será que inconscientemente eu me sinto melhor tendo uma razão pra me separar de todo mundo? Será que eu vou viver o resto da vida me sentindo um cacto na tundra?

Pelo amor de deus! Eu tenho uma mãe que me ama, apesar de às vezes ser um pouco fria. Tenho um pai, diferente de um monte de gente. Por mais que ele não esteja mais tão presente na minha vida, ele ainda tenta se fazer um pouco presente. Um mínimo...

Eu tenho um cachorro que me parece considerar a parte mais importante da vida dele, e pelo qual eu sinto um amor incondicional. Por mais que ele me machuque com as unhas dele quando vem pular em cima de mim, por mais que ele me babe toda, por mais que me morda, que me desobedeça pelo puro prazer da brincadeira (sério, ele tem um senso de humor muito mórbido e obscuro), eu não deixo de tê-lo como parte indissociável da nossa pequena família.

E, por fim, eu tenho amigos. Eles não são o que eu desejei. São mais, são melhores do que eu poderia querer. Por serem todos longes da perfeição, por terem o direito de me contradizer e de me criticar, eu os amo. Porque, também, eles me apóiam e me acompanham, erram e acertam nos próprios erros.
mel, igor, priscilla, louco, marivaldo, maomeh, taís, renata, raquel, rafael, luã, e outros não citados mas não menos importantes... Eu fico triste em saber que alguns deles vão se distanciar, ou já se distanciaram, mas eu sei que outros vão aparecer também.

Eu não tenho uma vida de burguesa, 5 estrelas, mas vivo bem. tenho as coisas materiais que eu preciso, não tenho muitas que eu queria, mas que são supérfluas, e ainda assim, tenho muitas muitas coisas que eu não preciso. Eu não passo fome, tenho um teto, tenho meus instrumentos, livros, tintas, canetas, bits de informações...

Tive amores profundos e paixões, e também acho que foram mais do que muita gente já teve. Nesse âmbito, não tenho muito do que reclamar, a não ser do deduzível: estar só faz você querer estar acompanhado, e estar com alguém te faz desejar a solidão e o espaço.

Acho que eu me reprimo um pouco, contudo, quanto à minha personalidade. Mas talvez seja melhor assim. Sou muito explosiva, e ímpar nas minhas convicções. De dentro de mim vazam, muito facilmente, defeitos de caráter que não consegui, ainda, superar. Afinal, tenho só 21 anos, caralho. Eu bem que poderia ser um prodígio, é verdade. Existe muita gente muito melhor que eu, em infinitos aspectos. Mas eu sou só uma pessoa comum. Então... Porque me culpar? O ser humano tem uma premissa básica: vai errar e acertar, invariavelmente, ao longo da vida. E todo acerto é confortador, mas todo erro é instrutor. Então, sempre tem uma vantagem em tudo, só é preciso achá-la.

Certo. Mas e agora?
O que eu faço quanto ao meu abismo?
Algumas pessoas dizem que solidao é não conhecer a si mesmo.
Outras dizem que é incurável, posto que é impossível transitar por mentes alheias.
Alguns, ainda, acham que é falta de amigos de verdade.
E há mais variantes pra essa pergunta. Muitas, de fato: falta de fé, excesso de timidez, uma qualidade, etc etc etc.

Eu, pessoalmente, concordo com as descrições da maioria das pessoas. Contudo, nenhuma delas parece trazer a essência dessa palavra ao mundo da lógica e da linguagem.

E todos parecem ter contornado astutamente a pergunta mais importante: porque me tornei solitário(a)?



merda de texto ta parecendo um coco desses de auto-ajuda.
eu sinto tudo isso, mas que assunto mais clichê.
e que jeito de escrever cú, ta parecendo um autor ruim que eu já li. tão ruim, de fato, que eu nem lembro o nome.




ahhhh mermão
esse post é só pra dizer uma coisa: lays, vai tomar no cú.
;P

merda. se eu não me conhecesse, eu diria que eu sou emo.
mas isso, é claro, é impossível, dada a qualidade inferior desse tipo de música.


vou ali ler um livrinho oitentista mo limpeza, de um cara que se salvou, esteticamente falando, dessa época: william gibson.

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