quinta-feira, setembro 23, 2010

*SuspiroProfundo*
Eu não sei se é a falta de sono que gera a agonia, ou a agonia que gera a falta de sono.
Só sei que tou sem sono E agoniada E precisando escrever mil trabalhos.

E tou me sentindo uma múmia de tão velha
e tou tentando parar de fumar, mas acho que isso só me dá mais vontade de fumar mais e mais ainda mais e mais.

e minha compulsão não deixa meu cérebro se aquietar, se concentrar, se APLICAR a algo. Meus pensamentos são como pios de milhares de passarinhos irrequietos acordando de manhã.

Vários pequenos núcleos de tortura se ativando, cada um de um lado, ir-re-fre-á-veis, IRREFREÁVEIS, fazendo eu me perguntar: PORQUE ELES NÃO CALAM A BOCA?

PORQUE essas merdas de pensamentos degradantes e ferinos não param?

Aonde foi que eu me perdi?
Aonde eu deixei que eles começassem a ficar fora de controle?
Quando foi que eu entrei nessa onda magnética de progressões gigantescas?

várias pequenas palavrinhas ficam me alfinetando... egoismo, insuportabilidade, feiúra, burrice, mediocridade, medos, medos, medos...
coisas, coisas, coisas
amor x aversão
a mim.

eternos duelos sem vencedores
apenas pendendo para um dos lados
nunca triunfantes

é sério... acho que eu vou ficar LOUCA muito em breve, mergulhar na lama e no caos dos meus sentimentos

me AFOGAR nessa banheira transbordante de angústia, consequência dessa torneira que jorra infinitos metros cubicos por milesimos de segundo

se eu fosse pensar numa figura pra retratar minha mente, eu pensaria num átomo.

um átomo instável.

milhares de eletros se chocando em volta de um nucleo desproporcional.
pedaços de braços e cérebros e ossos e olhos e areia, muita areia, todos girando freneticamente, escolhendo suas vítimas, presos pela força gravitacional bizarra! cada grão pesa mil toneladas.
duas mil toneladas
três mil toneladas
infinitas toneladas
de pedaços de mim
se chocando loucamente


sem fim, absolutamente

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